terça-feira, 16 de agosto de 2011

MEU DESAFIO


Durante toda a minha vida profissional, sempre mantive uma relação estreita com o ensino: hora como estudante, hora como docente!  E estas etapas se intercalam constantemente e em alguns momentos foram até mesmo concomitantes.
Ensinar e aprender me fascina. Aprender a ensinar me empolga. Validar meu aprendizado com métodos diferenciados para implementa-los ou aperfeiçoá-los e ainda adaptá-los com meus alunos se torna meu desafio.
Durante estes 26 anos de vida profissional naveguei entre Administração de Empresas, Comércio Exterior, Análise de Sistemas, Gestão de Projetos, Gestão de Conhecimento, incrementando em cada disciplina e em cada encontro um desafio: "QUE MEUS ALUNOS APRENDESSEM A CONSTRUIR SEU PRÓPRIO CONHECIMENTO.
Eis que hoje estou no EAD, como aluna!
No momento do convite para participar de um curso de pós-graduação a distância sobre ensino a distância me senti como se traindo principios que construi ao longo da vida.
Ensinar, sempre foi estar muito próximo do meu aluno, se possível mostrando o caminho e caminhando por perto para avaliar seu caminhar.
Como poderia me propor a fazer uma pós em que a distância seria a grante temática?
Por outro lado, minha carreira sempre esteve alicerçada nas tecnologias e a proposta do pós poderia ser minha oportunidade de quebrar paradigamas sem modificar meus principios.
As ferramentas podem fazer com que a distância fique imperceptível! Afinal gastei anos estudando tecnologia e sua aplicabilidade de modo a gerar Informação, Conhecimento em alta velocidade e confiabilidade. Onde os recursos tecnológicos são instrumentos para munir empresas e profissionais de qualquer informação necessária! Agora chegou a minha vez de provar todas estas crenças e certezas usuais no mundo do trabalho também no cenário da docência!
Eu serei a "cobaia"! Me questionei por diversos dias "conseguirei me sentir distante e próxima de meu professor? estarei capacitada ao término de cada aula, por ler, pesquisar, pensar e criar meu próprio conhecimento ? a distância de meu tutor não será sentida no aspecto de motivação? "
Hoje, como aluna tenho me dedicado muito mais do que nos cursos presenciais. Tenho me esforçado para diminuir as distâncias pela interação com suporte tecnológico e aumentei meu envolvimento com o estudo.
Hoje, como docente de ensino presencial, fico revendo sentimentos que meus alunos podem ter nas aulas que nem sempre estão no formato esperado ou na velocidade desejada!

Meu desafio continua! EAD passa a ser na minha vida, além de um modelo que começo a acreditar, como uma gigantesca escadaria para reflexões.
Vou revendo a cada dia meu papel de professora-conselheira ou professora-ditadora!
Vou refletindo a cada dia meu posicionamento na escolha dos conteúdos versus a metodologia que escolho para aplicar em aula.
Vou avaliando a cada dia que meus alunos que são invariavelmente da era digital, estão muito mais preocupados com o conhecimento na velocidade com que acontecem remetendo-se ao mercado de trabalho do que efetivamente naquela "avaliação formal" feita ao término de cada bimestre.
EAD me trouxe mais do que um modelo a distância, me aproximou dos alunos de uma geração inegavelmente tecnológica!

4 comentários:

  1. Acredito no que a amiga Rosicler escreve! Nós professores muitas vezes nos sentimos donos do conteúdo das disciplinas ministradas.Mais do que isso, nos sentimos AUTORES das histórias e opções dos nossos alunos.
    Sempre existirão cursos e alunos dispostos a modelos e estratégias mais voltadas à construção do conhecimento. Mas sinto na pele, que na atualidade nosso país precisa preparar uma grande quantidade de profissionais para o mercado.
    Professor deveria ser como artista! Todos os dias com uma nova "cara", um novo modelo, uma nova estratégia. Encantar o aluno não somente pelo conteúdo, mas pela mágica de aprender!
    Professora Cristiane - Matemática UNICAMP

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  2. Gostaria de ser tão otimista como minhas caras colegas Professoras Rosicler e Cristiane.
    Sou professor à mais de 20 anos no curso de Engenharia. Não consigo se quer imaginar minhas aulas no modelo a distância. Acredito na tecnologia sim, mas naquela em que podemos estar tão proximos dos nossos alunos que somos capazes de sentir o cheiro do que eles estão fazendo.
    Não querendo ser preconceituoso, mas EAD não seria uma utopia? Uma forma de "ganhos financeiros" em cima de uma camada de jovens com dificuldades de participarem de cursos sérios e reconhecidos?
    Ou será que assim como a Professora Rosicler, precisarei participar de um curso de EAD para rever meus princípios? Quero acreditar que EAD tem sua trilha específica para áreas específicas e não se pode generalizar!
    Saudações
    Prof. Camilo - Araraquara

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  3. Sou Gerente de Recursos Humanos de uma empresa metalúrgica de Caxias do Sul com aproximadamente 200 colaboradores. Gostaria de me solidariezar com a Profa. Rosicler colaborando com outro ponto de vista: a visão do Mercado. Não tenho contato com áreas como Medicina, Direito, mas posso assegurar que nossas empresas são carentes de profissionais com formações específicas. Tenho diversos colaboradores na idade adulta com bastante tempo de empresa/experiência que necessitam de formação continuada para progredir em suas carreiras. Entretanto, pela fase de vida que estão entendem como complexo retornar para salas de aula. Acredito que o modelo a distância, não somente nas áreas técnicas, podem preencher uma lacuna importante para o cidadão e também para as empresas.
    Precisamos de um ensino a distância com responsailidade, regulamentação e possibilitar qualificações em todos os níveis.
    Abracos, Felipe

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  4. Muito interessante suas colocações colega!
    Também penso que o Ensino a distância vai trazer muitos beneficios e consequentemente muito saber.
    Abraços. Fontana.

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